terça-feira, 20 de julho de 2010

Rezemos pela educação


ontem à noite, ao ver publicado o resultado da avaliação do ENEM sobre o ensino médio no nosso país, fui tomado, concomitantemente, por um sentimento de tristeza e de alegria. Tristeza por ouvir e ver o incomensurável abismo entre a educação do norte e a do sul do país. Meu Senhor, que realidades tão distantes... serão dois países distintos? como é possível? como bem disse senador Cristóvam Buarque do DF após a recente eliminação da seleção brasileira na copa do mundo: "No futebol, o Brasil ficou entre os oito melhores do mundo, e todos estão tristes... Na Educação, o Brasil é o 85º do mundo...e ninguém liga".
você deve estar se perguntando: mas de onde veio esse sentimento de alegria?
pela explicação dada pelos frustrados diretores das escolas últimas colocadas. Realmente tranquilizou-me. De fato, acompanhara, recentemente, alguns comentários de especialistas na área de educação dizerem categoricamente não servir o ENEM, sozinho, para medir a qualidade das escolas, uma vez que a prova não é universal e nem obrigatória a todos os estudantes. além disso, é precisso ressaltar que há fatores que devem ser analisados como a gestão na escola, qualidade do corpo docente e trabalho pedagógico que não são medidos nesse exame.
Por outro lado, para alguns, é possível fazer uma boa leitura a partir dos resultados por escola. o ENEM, na verdade, é um indicador, somente. Entretanto, como todo indicador, aponta para algo: a nossa dura e crua realidade brasileira. Sou nordestino apaixonado pela minha terra e minha cultura, mas também estudei vários anos no sul do país e sei que há um abismo entre nós. Este abismo, porém, é algo transponível porque somos um país, apenas. Dificílima, todavia, é a fatídica situação de judeus e palestinos na terra santa. Lá, sim, existe um abismo intransponível. São duas nações, dois países, duas culturas. Israel ostenta uma educação de primeiríssimo mundo, enquanto os palestinos são muito semelhantes aos "paraíbas", como pejorativamente nos chamam os arrogantes e soberbos "sulistas" no sudeste e sul do imenso brasil.
"quem sabe eu verei, ao raiar do dia, a desigualdade ruindo, pois a educação seria
a arma mais manejada de norte a sul do país, falaríamos todos a mesma língua, seríamos, de fato, um só país".

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