quarta-feira, 25 de setembro de 2013

DR. SÉRGIO PRESIDE REUNIÃO PREPARATÓRIA DA FESTA SOCIAL DE N. Sra. DAS VITÓRIAS.



O Governo Municipal realizou mais uma reunião em preparação para a parte social da festa de N. Sra. das Vitórias. Segundo o chefe de gabinete, Marcos de Elita, foram convidados os representantes de várias  instituições municipais interessadas diretamente no evento, como a Paróquia de São José, as Secretarias municipais, a Rádio 93 FM dentre outras. Na pauta, muitos assuntos relacionados à organização da Festa que este ano promete ser uma das melhores dos últimos anos com uma concorrida programação. No final, O Prefeito Municipal agradeceu a presença de todos e formou uma comissão organizadora para tratar das questões suscitadas pelos participantes. 

Blogueiro é condenado por comentário de leitor

Quando os princípios da liberdade de imprensa e o direito à honra do cidadão entram em choque, deve prevalecer o último, especialmente se há intenção difamatória. O entendimento foi adotado pela 1ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina para rejeitar Apelação ajuizada por um blogueiro. Ele tentava reverter decisão de primeira instância que determinou o pagamento de R$ 10 mil por danos morais a um servidor público por conta de comentários feitos por leitores em seu blog.
Relatora do caso, a desembargadora substituta Denise de Souza Luiz Francoski explica que o funcionário atingido não se manifestava contra a reportagem que foi publicada no blog, mas sim contra seus comentários, que traziam ofensas pessoais, incluindo palavras como idiota, mula, safado, vagabundo e futriqueiro.
A desembargadora cita que a livre manifestação do pensamento não pode ser acompanhada por ofensas à integridade moral de indivíduos, tomando duas decisões como precedente no TJ-SC (Apelação 2007.029691-8 e Agravo de Instrumento 2003.021003-2). Como são ofensivos, os comentários extrapolam o limite da liberdade de expressão e violam o direito à honra do funcionário público, o que justifica a indenização por danos morais.
Caberia ao blogueiro moderar os comentários e evitar postagens ofensivas, algo que ele admitiu ter feito em outras ocasiões. Em outro caso (AI 2011.053663-3), o TJ-SC já decidira que o responsável pelo blog devem fazer a moderação de seu conteúdo, afirma ela. Assim, a negligência do acusado ao publicar as mensagens foi o que gerou o abalo sofrido pelo funcionário público, conclui ela.

Em sua defesa, o blogueiro questionava o fato do funcionário ter questionado apenas a parte dos comentários que versava sobre sua má administração. O recurso falava ainda em uso do Judiciário para vingança pessoal, questionando o desinteresse em identificar os autores das mensagens ofensivas. Além disso, a defesa dizia que todo homem público está sujeito a críticas. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-SC.

fonte>Revista Consultor Jurídico, 24 de setembro de 2013

domingo, 29 de maio de 2011

Barcelona e Flamengo: somos do tamanho dos nossos sonhos e atitudes!


Não há como negar: o Barcelona tornou-se um referencial no “mundo futebolístico”. Durante a transmissão da Rede Globo de Televisão da partida entre Bahia e Flamengo nesse domingo, 29 de Maio de 2011, direto do Estádio de Pituaçu, em Salvador, o comentarista e o narrador repetidas vezes insistiam em comparar a vantajosa posse de bola do clube de maior torcida do Brasil com o estilo encantador do célebre clube catalão. Tudo ia muitíssimo bem, uma virada de placar sensacional, muitos passes acertados, posse de bola “inteligente”, como destacava o “maestro Júnior”, e, para complicar as coisas para o cambaleado anfitrião, o Bahia, um jogador expulso. Tudo estava realmente parecido com o grande Barcelona. Entretanto, desculpe-me o digníssimo treinador rubro-negro, Wanderley Luxerbugo, não é fácil ser Barcelona o tempo todo. Com a vitória na mão, a torcida já ensaiando um “olé”, o técnico acorda do conto-de-fadas e, num instante de lucidez, volta a ser Flamengo, ou um time “normal”, como temos visto pelas terras tupiniquins nas últimas décadas. Imediatamente coloca mais um zagueiro e um outro homem de marcação para garantir o resultado vitorioso. Como isso, perde-se a posse de bola, a qualidade e o poder ofensivo. E o que é pior: ressuscita um adversário, convidando-o a “vir pra cima” no final da partida, motivado por sua torcida empolgada. Resultado? o de um time comum! Satisfeito pelo ponto ganho fora de casa, após ceder o empate nos minutos finais da partida. Com todo respeito, Luxemburgo, por que não levar mais a sério a lição do professor Guardiola... deixa o time jogar, vai pra cima, faz mais um, dois ou três. Eis aí outra grande diferença que separa o Barcelona dos demais: o time nunca se acovarda, nunca abre mão de seu estilo de jogar, nunca se contenta com o pouco, sempre quer mais... e sempre consegue mais. Parabéns, Barcelona, Messi, Guardiola. Parabéns, Flamengo, Luxemburgo...somos do tamanho dos nossos sonhos...e atitudes!

terça-feira, 20 de julho de 2010

a você, que um dia deu ou dará o sim no altar!


MISERICÓRDIA DE FUNDO DE QUINTAL

Conto uma estória sem os nomes, mas acontecer, aconteceu! Casados por 18 anos, três bonitos e serenos filhos, ele deu de beber, jogar e procurar mulheres. Culpa dela é que não era, posto que continuava bonita, dona de si e excelente educadora. Mas havia alguma coisa a mais que ele queria e não achava nela. Foi reviver suas liberdades de solteiro com meninas da idade da filha.

O casarão construído com os lucros de uma firma de sucesso não mais o atraia. Chegava tarde e saia cedo. Deu de dormir no sofá. Perdera o interesse pela esposa. Um dia, deixou claro que gostava mesmo era de gatas... Ele tinha o que elas queriam e elas tinham o que ele queria!

Ela o preveniu contra os arranhões. Disse que a casinha de fundo estava à disposição dele, desde que não trouxesse as gatas para a casa. No quarto, não o queria mais! Nem se tocou; continuou indo aonde não devia e voltando para dormir no fundo do quintal. Os filhos, é claro escolheram a mãe.

Com o tempo ele degringolou. Nem voltar, voltava. Ia da firma para a festa. Montou apartamento e viveu com três outras meninas no curto espaço de dez anos. Um dia, o coração bateu errado. Foi achado no apartamento à beira da morte, depois de uma noitada com mais uma menina de programa. Ela confessou que rolaram bebidas e drogas.

Não viveria muito! Ai entrou em ação o perdão da esposa católica apostólica romana que não divorciara, resistira a outros homens, não o entregara ao demônio e silenciosa e sofrida o recomendara a Deus. Seu casamento tinha sido para sempre! Acolheu-o e cuidou dele. Envergonhado, ele não quis sair da casinha de fundo. Morreu aos 60 anos, nos braços dela. Foi misericórdia de fundo de quintal.

Conclusões? Cada qual tire as suas! Mas está aí um tipo de fidelidade cada dia mais raro. Ela realmente o amara. Ele, nem tanto. Quando ela disse o sim foi para sempre. Quando ele começou a dizer não, ela insistiu sofrida, mas serena no seu sim. Esperava que ele se convertesse e saísse do infantilismo para o qual regredira. Não deu certo. Ele se mostrou incapaz de superar o gosto pelo aplauso, pela bebida e por mulheres. Dinheiro ele tinha para bancar a família e as noitadas! Amigos e funcionários tomaram o lado dela. Sobraram os novos amigos dos quais nenhum prestava.

Boba? Trouxa? Senhora? Adjetivos não mudariam uma pessoa assim substantiva. No dia do enterro a cidade estava lá, muito mais por causa dela! Sumarizou o fato um respeitado jornalista:- “Ele ganhou um belo túmulo, mas para ela a cidade deveria erguer um monumento! Amores como este andam cada dia mais raros”...

A era do crack



Por crack entende-se “quebra”. Vem do inglês. Um galho que se quebra com alguém em cima dele faz crack. Nunca se espera coisa boa de um crack, seja ele de objeto de estimação, seja de galho onde estamos, seja de bolsa de valores.
O crack da bolsa de 1929 e o impasse econômico de 2008 foram frutos de dinheiro qualquer, oferecido de jeito qualquer para pessoa qualquer que não tinha como saldar. Emprestadores e tomadores de empréstimo deixaram-se levar pela urgência e pela falta de critérios. Aventuraram-se, arriscaram, jogaram e perderam.

De certa forma a droga crack é este passo urgente de quem quer chegar mais depressa, não se sabe aonde nem porquê. Semelhante é a aids que, nem sempre em todos os casos, mas em muitíssimos é o resultado um jogo chamado sexo sem proteção e sem cuidados, com parceiro qualquer de qualquer jeito urgente e sem maturidade. Não é por menos que todos os países, além de objetos que protejam, insistem na escolha de pessoa certa. A promiscuidade foi o crack do sexo depois dos anos 60, como já foi em eras prístinas.

A sociedade deu um passo mais avançados quando ligou o casamento ao amor e à escolha certa do parceiro ou da parceira. As pessoas, ao invés de serem dadas em casamento passaram a dar-se. Mas da mesma forma que havia promiscuidade quando se contraiam casamentos por interesse pecuniário e união de fortunas e, por isso, também de corpos, passou a haver promiscuidade quando as pessoas declaravam o fim de um ou vários casamentos por conta de beleza, sexo com alguém mais jovem, união com alguém socialmente mais interessante. O fim da fidelidade sacramentada pelo Estado possibilitou um crack assistido de casamentos juramentados e livremente contraídos. O contrato matrimonial passou a ser desfeito a partir do sentimento em baixa. Como no passado casamento não tinha muito a ver com amor porque fundamentado em fortunas, com o tempo passou a nada ter com fidelidade porque fundamentado em humores.
Excesso de retrocesso e de desajustes acaba em promiscuidade. Passa-se de um desajuste a outro desajuste, por conseguinte de uma a cinco ou seis uniões. O argumento é a felicidade pessoal. Não estando outra vez feliz com esta outra pessoa, a pessoa insatisfeita advoga o direito de tentar mais uma vez até encontrar alguém com quem se ajuste e seja feliz.

Trocar de parceiras com freqüência não é bom nem para o indivíduo, nem para os filhos nem para a sociedade; pior ainda, é transar sem transação de afeto, encontros que não nascem de uniões nem as visam, porque não haverá coabitação. De qualquer jeito, com qualquer um, a qualquer hora não é exercício da sexualidade: é crack. É como subir a dois em árvore desconhecida sem saber se os galhos resistirão... O ruim do quebra galho é que em geral o galho se quebra. Quem sobe depressa e sem cuidado corre maior risco de se machucar! O crack nas ruas, no leito e na política é esta pressa de novas sensações sem as devidas salvaguardas. Acaba em perda de critérios. Não deixa de ser triste que estejamos vivendo esta era e que as maiores vítimas tenham menos de 30 anos! É assassinato de uma geração!

livre é quem pensa!

As Etapas do Saber

Com essa metáfora - o tão justamente famoso Mito da Caverna - Platão quis mostrar muitas coisas. Uma delas é que é sempre doloroso chegar-se ao conhecimento, tendo-se que percorrer caminhos bem definidos para alcançá-lo, pois romper com a inércia da ignorância (agnosis) requer sacrifícios. A primeira etapa a ser atingida é a da opinião (doxa), quando o indivíduo que ergueu-se das profundezas da caverna tem o seu primeiro contanto com as novas e imprecisas imagens exteriores. Nesse primeiro instante, ele não as consegue captar na totalidade, vendo apenas algo impressionista flutuar a sua frente. No momento seguinte, porém, persistindo em seu olhar inquisidor, ele finalmente poderá ver o objeto na sua integralidade, com os seus perfis bem definidos. Ai então ele atingirá o conhecimento (episteme). Essa busca não se limita a descobrir a verdade dos objetos, mas algo bem mais superior: chegar à contemplação das idéias morais que regem a sociedade - o bem (agathón), o belo (to kalón) e a justiça (dikaiosyne).


O Visível e o Inteligível

Há pois dois mundos. O visível é aquele em que a maioria da humanidade está presa, condicionada pelo lusco-fusco da caverna, crendo, iludida que as sombras são a realidade. O outro mundo, o inteligível, é apanágio de alguns poucos. Os que conseguem superar a ignorância em que nasceram e, rompendo com os ferros que os prendiam ao subterrâneo, ergueram-se para a esfera da luz em busca das essências maiores do bem e do belo (kalogathia). O visível é o império dos sentidos, captado pelo olhar e dominado pela subjetividade; o inteligível é o reino da inteligência (nous) percebido pela razão (logos). O primeiro é o território do homem comum (demiurgo) preso às coisas do cotidiano, o outro, é a seara do homem sábio (filósofo) que volta-se para a objetividade, descortinando um universo diante de si.

O Desconforto do Sábio

Platão então pergunta (pela boca de Sócrates, personagem central do diálogo A República), o que aconteceria se este ser que repentinamente descobriu as maravilhas do mundo dominado por Hélio, o fabuloso universo inteligível, descesse de volta à caverna? Como ele seria recebido? Certamente que os que se encontram encadeados fariam mofa dele, colocando abertamente em dúvida a existência desse tal outro mundo que ele disse ter visitado. O recém-vindo certamente seria unanimemente hostilizado. Dessa forma, Platão traçou o desconforto do homem sábio quando é obrigado a conviver com os demais homens comuns. Não acreditam nele, não o levam a sério. Imaginam-no um excêntrico, um idiossincrático, um extravagante, quando não um rematado doido (destino comum a que a maior parte dos cientistas, inventores, e demais revolucionários do pensamento tiveram que enfrentar ao longo da história).


O Mito da Caverna

reprodução

Platão (428-347)
O Mito da Caverna narrado por Platão no livro VII do Republica é, talvez, uma das mais poderosas metáforas imaginadas pela filosofia, em qualquer tempo, para descrever a situação geral em que se encontra a humanidade. Para o filósofo, todos nós estamos condenados a ver sombras a nossa frente e tomá-las como verdadeiras. Essa poderosa crítica à condição dos homens, escrita há quase 2500 anos atrás, inspirou e ainda inspira inúmeras reflexões pelos tempos a fora. A mais recente delas é o livro de José Saramago A Caverna.

A Condição Humana

Platão viu a maioria da humanidade condenada a uma infeliz condição. Imaginou (no Livro VII de A República, um diálogo escrito entre 380-370 a.C.) todos presos desde a infância no fundo de uma caverna, imobilizados, obrigados pelas correntes que os atavam a olharem sempre a parede em frente. O que veriam então? Supondo a seguir que existissem algumas pessoas, uns prisioneiros, carregando para lá para cá, sobre suas cabeças, estatuetas de homens, de animais, vasos, bacias e outros vasilhames, por detrás do muro onde os demais estavam encadeados, havendo ainda uma escassa iluminação vindo do fundo do subterrâneo, disse que os habitantes daquele triste lugar só poderiam enxergar o bruxuleio das sombras daqueles objetos, surgindo e se desafazendo diante deles. Era assim que viviam os homens, concluiu ele. Acreditavam que as imagens fantasmagóricas que apareciam aos seus olhos (que Platão chama de ídolos) eram verdadeiras, tomando o espectro pela realidade. A sua existência era pois inteiramente dominada pela ignorância (agnóia).

Libertando-se dos grilhões

Se por um acaso, segue Platão na sua narrativa, alguém resolvesse libertar um daqueles pobres diabos da sua pesarosa ignorância e o levasse ainda que arrastado para longe daquela caverna, o que poderia então suceder-lhe? Num primeiro momento, chegando do lado de fora, ele nada enxergaria, ofuscado pela extrema luminosidade do exuberante Hélio, o Sol, que tudo pode, que tudo provê e vê. Mas, depois,
aclimatado, ele iria desvendando aos poucos, como se fosse alguém que lentamente recuperasse a visão, as manchas, as imagens, e, finalmente, uma infinidade outra de objetos maravilhosos que o cercavam. Assim, ainda estupefato, ele se depararia com a existência de um outro mundo, totalmente oposto ao do subterrâneo em que fora criado. O universo da ciência (gnose) e o do conhecimento (espiteme), por inteiro, se escancarava perante ele, podendo então vislumbrar e embevecer-se com o mundo das formas perfeitas

Rezemos pela educação


ontem à noite, ao ver publicado o resultado da avaliação do ENEM sobre o ensino médio no nosso país, fui tomado, concomitantemente, por um sentimento de tristeza e de alegria. Tristeza por ouvir e ver o incomensurável abismo entre a educação do norte e a do sul do país. Meu Senhor, que realidades tão distantes... serão dois países distintos? como é possível? como bem disse senador Cristóvam Buarque do DF após a recente eliminação da seleção brasileira na copa do mundo: "No futebol, o Brasil ficou entre os oito melhores do mundo, e todos estão tristes... Na Educação, o Brasil é o 85º do mundo...e ninguém liga".
você deve estar se perguntando: mas de onde veio esse sentimento de alegria?
pela explicação dada pelos frustrados diretores das escolas últimas colocadas. Realmente tranquilizou-me. De fato, acompanhara, recentemente, alguns comentários de especialistas na área de educação dizerem categoricamente não servir o ENEM, sozinho, para medir a qualidade das escolas, uma vez que a prova não é universal e nem obrigatória a todos os estudantes. além disso, é precisso ressaltar que há fatores que devem ser analisados como a gestão na escola, qualidade do corpo docente e trabalho pedagógico que não são medidos nesse exame.
Por outro lado, para alguns, é possível fazer uma boa leitura a partir dos resultados por escola. o ENEM, na verdade, é um indicador, somente. Entretanto, como todo indicador, aponta para algo: a nossa dura e crua realidade brasileira. Sou nordestino apaixonado pela minha terra e minha cultura, mas também estudei vários anos no sul do país e sei que há um abismo entre nós. Este abismo, porém, é algo transponível porque somos um país, apenas. Dificílima, todavia, é a fatídica situação de judeus e palestinos na terra santa. Lá, sim, existe um abismo intransponível. São duas nações, dois países, duas culturas. Israel ostenta uma educação de primeiríssimo mundo, enquanto os palestinos são muito semelhantes aos "paraíbas", como pejorativamente nos chamam os arrogantes e soberbos "sulistas" no sudeste e sul do imenso brasil.
"quem sabe eu verei, ao raiar do dia, a desigualdade ruindo, pois a educação seria
a arma mais manejada de norte a sul do país, falaríamos todos a mesma língua, seríamos, de fato, um só país".

segunda-feira, 19 de julho de 2010

sobre alguns ditos populares


há um ditado muito citado nos nossos áridos rincões nordestinos que carrega consigo uma grande dose de sabedoria popular, um conhecimento a posteriori deveras sólido e eficaz.
"onde dinheiro e cacete bater e não resolver é porque foi pouco"
Basta dar uma andada nas budegas dos vilarejos ou uma espiada nos blogs dos potiguaras e tabajaras para corroborar esse dito tão antigo e sempre novo.
fotos, fotos e mais fotos dos "coronéis" norte-rio-grandenses. tem cada postagem que faz papagaio rir. e ainda somos obrigados a ler e ouvir alguns bradarem: aqui quem manda sou eu, faço o que quero. "sou independente, não sou preso a ninguém".
Ah! como o povo é sábio; afinal, onde dinheiro e cacete bater e não resolver é porque foi pouco"


ontem à tarde, domingo,18, vi uma pequena parte da entrevista de Patrícia amorim na TV esporte interativo e fiquei maravilhado com suas colocações. Demonstrou muita segurança, coragem, destemor e ousadia, características que costumo venerar. finalmente estou convencido de que as mulheres têm, de fato, algo diferente dos homens quando estão no comando. a sensibilidade e a doçura, inerentes à sua feminilidade,unidas à perspicácia, eloquência e, sobretudo, à intrepidez associada geralmente ao mais viris, fazem dela a nossa única esperança. Estamos contigo, Patrícia, Salve a nação rubro-negra!

Patrícia Amorim encontra o caminho

Há dias escrevi aqui, e listei razões, do que considerava omissão na gestão de Patrícia Amorim, e sua diretoria, à frente do Flamengo no tratamento aos constantes escárnios praticados por atletas do clube. Eu cheguei a dizer que o comando instalado na Gávea estava frouxo. É um dos posts mais lidos do SRZD.

Pois venho agora escrever o oposto. A presidente do clube, Patrícia Amorim, reencontrou o caminho do bem. Ela trouxe para si as rédeas da administração, delegou a quem tem imagem limpa e competência, como Zico, homem do esporte reconhecido por seu profissionalismo.

Amorim tem grandes chances de devolver não só aos torcedores rubro-negros, mas a todos que amam futebol, exemplo de como se deve agir para ser respeitado na sociedade. Que se acabe com o espaço para bandidagens no Rio de Janeiro.

O depoimento de Patrícia Amorim à Ruth Aquino, de "Época", é chocante. Ela afirmou que jogadores do clube se serviram de seu status de "celebridades" para realizar orgias, festinhas quentes, com "jumentos e anões". É assustador. Degradante. A credibilidade dos jogadores de futebol está indo para o esgoto.

Os ídolos Adriano e Vágner Love fizeram o que quiseram enquanto permaneceram no Flamengo. E entraram para a história como pessoas muito próximas ao submundo das drogas, armas ilegais, marginais sociais e gente afeita à degradação dos seres humanos. É um pena, pois são atletas com muito talento e mereciam para si próprios uma biografia mais decente.

Mesmo que Patrícia Amorim agora demonstre autoridade, ainda é estranha a posição de alguns subordinados.

Um amigo me disse que ouviu outro dia na Gávea, lugar que frequenta desde menino, pessoas que trabalham no clube defendendo Bruno, Adriano e Vágner Love. Um deles disse que "Eliza Samudio mereceu o destino que teve".

Chama a atenção que este discurso, e outros próximos, ganhem ressonância também fora da Gávea. O badalado ex-jogador de futebol e técnico Renato Gaúcho, na TV, já se pronunciou dizendo que o jogador tem o direito a fazer fora do campo o que pretender: "o dinheiro é dele e ele faz o que quiser".

O advogado Michel Asseff Filho, por exemplo, era até há pouco tempo advogado do goleiro Bruno, principal acusado no desaparecimento e provável morte de Eliza. Foi ele quem escolheu e convidou o atual advogado de Bruno. Em Belo Horizonte, chegou-se a especular que seria uma parceria. Maledicência não comprovada.

No caso Samudio, não existe unanimidade. "Prefiro acreditar no Bruno", disse Asseff. O advogado do Flamengo é filho de Michel Asseff, tradicional rubro-negro. É uma família dedicada ao clube.

É quase certo que Patrícia Amorim deixe um legado melhor do que herdou. Principalmente porque agora está no caminho certo, mas acabar com os feudos no clube, ah, isso vai ser difícil!

by blog do Sidney Rezende

o mais importante na vida


CASTEL GANDOLFO, domingo, 18 de julho de 2010 (ZENIT.org) – Apresentamos as palavras que Bento XVI dirigiu neste domingo, ao meio-dia, ao rezar a oração mariana do Ângelus com os peregrinos reunidos no pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo.

* * *

Queridos irmãos e irmãs:

Encontramo-nos já no coração do verão, ao menos no hemisfério boreal. Neste tempo, em que estão fechadas as escolas, concentra-se o maior período das férias. Também se reduzem as atividades pastorais das paróquias, e eu mesmo suspendi durante um tempo as audiências. É, portanto, um momento favorável para dar o primeiro lugar ao que efetivamente é mais importante na vida, quer dizer, a escuta da Palavra do Senhor. É o que nos recorda também o Evangelho deste domingo, com o célebre episódio da visita de Jesus à casa de Marta e Maria, narrado por São Lucas (10, 38-42).

Marta e Maria são duas irmãs; têm também um irmão, Lázaro, que, no entanto, neste caso, não aparece. Jesus passa por seu povoado e, segundo o texto, Maria o recebeu em sua casa (Cf. 10, 38). Este detalhe dá a entender que, entre as duas, Marta é a mais velha, a que governa a casa. De fato, depois que Jesus tinha se instalado, Maria senta-se aos seus pés e o escuta, enquanto Marta está totalmente ocupada com os muitos serviços, devidos certamente ao hóspede de exceção. Parece que estamos vendo a cena: uma irmã move-se fatigada, e a outra fica como que maravilhada pela presença do Mestre e suas palavras. Depois de um momento, Marta, evidentemente ressentida, não aguenta mais e protesta, sentindo que, além disso, tem o direito de criticar Jesus: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda pois que ela venha me ajudar!” Marta queria inclusive dar lições ao Mestre! No entanto, Jesus, com grande calma, responde: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada” (10, 41-42). A palavra de Cristo é claríssima: não deprecia a vida ativa, e muito menos a generosa hospitalidade; mas recorda o fato de que a única coisa verdadeiramente necessária é outra: escutar a Palavra do Senhor; e o Senhor nesse momento está ali, presente na Pessoa de Jesus! Todo o demais passará e nos será tirado, mas a Palavra de Deus é eterna e dá sentido a nossa ação cotidiana.

Queridos amigos: como dizia, esta página do Evangelho é particularmente adequada para o tempo de férias, pois recorda o fato de que a pessoa humana certamente tem de trabalhar, empenhar-se nas ocupações domésticas e profissionais, mas tem necessidade antes de tudo de Deus, que é luz interior de Amor e de Verdade. Sem amor, inclusive as atividades mais importantes perdem seu valor, e não dão alegria. Sem um significado profundo, todo nosso atuar reduz-se a ativismo estéril e desordenado. Quem nos dá o Amor e a Verdade, a não seu Jesus Cristo? Aprendamos, portanto, irmãos e irmãs, a nos ajudar uns aos outros, a colaborar, mas antes inclusive a escolher juntos a melhor parte, que é e será sempre nosso bem maior.

[Traduzido por ZENIT

©Libreria Editrice Vaticana]

Brasil: eleições são oportunidade de se livrar de coronelismos



As eleições de outubro no Brasil são oportunidade para se livrar de coronelismos, avançando no crescimento da consciência social e política, que deve alavancar a cidadania de todos.

É o que afirma o arcebispo de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, em artigo enviado a ZENIT hoje.

Segundo o arcebispo, existem ainda no Brasil “resquícios de dinâmicas, práticas e hábitos que continuam sendo heranças de espúrio coronelismo e de ultrapassados caudilhos que tentam se perpetuar”.

“As figuras representativas deste modus operandi na sociedade e nas instituições, sejam elas de que tipo for, vão caindo num ridículo que produz o seu ostracismo pouco a pouco.”

Contudo – prossegue Dom Walmor –, “há a tendência de se incorrer no mesmo risco e equívoco do povo de Deus saindo do Egito, conduzido pela lucidez de Moisés, que abre horizontes e aponta caminhos e possibilidades a serem conquistados”.

“Mas o povo reclama, confessa o desejo de voltar a servir o faraó, fazendo referências às panelas de carnes e às cebolas, embora comidas na condição de escravo. Existe uma preferência pela condição escravocrata àquela da liberdade, embora pagando um preço.”

Para o arcebispo, os faraós “se multiplicam com suas artimanhas aproveitando-se dos fracos na sua saudade de um passado que não volta mais, especialmente na dinâmica da sociedade contemporânea”.

“Aproveita-se de uma necessidade de incentivo e de benesses que revelam a pequenez na penúria dos dependentes e na tirania de antigos caudilhos e coronéis. Estes vivem do passado. É hora de apostar, como Moisés, em um horizonte novo”, afirma o prelado.


por Zenit
http://www.zenit.org/article-25527?l=portuguese

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Levanta-te e come, pois do contrário o caminho te será longo demais! (1Rs 19, 7)




Meus queridos partilho com vocês uma das conclusões da Lectio divina que fiz de 1Rs 19 durante o retiro do Clero diocesano que estamos vivendo em Extremoz desde segunda-feira passada. O excelente pregador Dom Muniz, é atualmente arcebispo de Maceió, carmelita e doutor nas sagradas Escrituras. Por ser especialistas nas Sagradas Escrituras e carmelita, ele fala com muita familiaridade do profeta Elias.


Vinde, subamos a montanha do Senhor (Elias no Horeb, 1Rs 19)


Elias, o grande profeta, que com sua força e coragem tinha derrotado os profetas de Baal (deus cananeu), que assombrou o rei Acaz com sua ousadia e que havia realizado muitos milagres, demonstra, de forma inesperada, uma fraqueza impressionante. Tremeu de medo diante da ameaça de Jezabel, esposa do Rei Acaz.
Como essa situação se assemelha a nossa também. Somos tão fortes em determinadas situações, superamos desafios que todos ficam surpreendidos com nossa capacidade e, inesperadamente, caímos diante de coisas tão pequenas. As questões emocionais têm essa capacidade de vencer nossa força. Geralmente sofremos muito quando somos traídos, caluniados, quando cometemos um erro, quando dizemos uma palavra que magoou alguém etc.
Nesse drama existencial terrível, uma crise sem precedentes em sua vida, Elias que havia se escondido e estava fugindo – sempre fazemos assim, procuramos nos esconder, num isolamento total, “não quero ver ninguém, falar com ninguém” - assim dizemos - “vou abandonar tudo, não me valorizam, ninguém gosta de mim”.
Mas Deus não nos abandona. Sempre envia anjos para nos resgatar. Anjos muitas vezes humanos, como amigos de verdade, ou então situações que nos fazem refletir e voltar atrás. Deus enviou um anjo a Elias para reanimá-lo.
Recobrando as forças e a vontade de viver, Elias vai ao Monte Horeb, o lugar onde o verdadeiro Deus se revelou (Ex 3 e 33,18-34,9) e onde a Aliança com Israel foi concluída (Ex19,24; 34,10-28). mas o que significa ir ao Horeb? Quer dizer voltar para Deus, ir consultá-lo, escutá-lo. Elias está num dos momentos mais difíceis da sua vida. Pensemos em nossos maiores problemas, medos, doenças. O Profeta chega a ponto de desejar a própria morte, de pensar em desistir não somente de sua missão, de sua profissão, mas também de sua própria vida, tamanha era sua depressão, conseqüência de seu medo e de sua frustração diante da gravidade dos problemas que o afligiam.
Quando Deus pergunta o que Elias está fazendo ali, o profeta responde, como sempre, se fazendo de vítima e colocando a culpa nos outros. Nunca o problema está em nós! Elias chega ao ponto de dizer que está sozinho, que apenas ele escapou, que somente ele teme a Deus, que todos abandonaram a fé, em suma, que ninguém presta além dele, que todos são falsos, corruptos, pecadores – e somente ele é o bom, o justo, o verdadeiro.
Isso acontece muito conosco.
A verdade é que Elias está desconcertado, agitado, revoltado. O medo diante da ameaça de Jezabel fez isso com ele. Desarrumou a vida dele. Muitas coisas desarrumam nossa vida também. Problemas na sexualidade, nos relacionamentos, questões financeiras, ódios etc. O medo de Elias o deixou confuso, cego e nu. No versículo 18 Deus diz que poupará 7 mil homens que permaneceram fiéis a Ele, essa é a prova de que Elias não está sozinho. Quando estamos em crise não conseguimos ver as coisas como são na realidade.
Em meio a esse desastre existencial, porém, Elias fez a coisa certa ao procurar o caminho do Horeb, a montanha de Deus. Muitas vezes nós procuramos as respostas, as soluções para os nossos problemas em lugares errados. Deus é a resposta, somente Ele pode nos reconstruir, nos dar a vida novamente.
No deserto, no alto da montanha, sozinho diante do Divino, silenciando suas vozes interiores o profeta escuta grande barulho: ventos impetuosos como um grande furação, depois um grande terremoto e um fogo. Tudo isso era muito forte e grandioso mas Deus não estava nesse barulho. Depois de tudo isso veio então uma brisa suave. Deus estava ali: no silêncio de um vento tranqüilo. Elias suportou o furacão, o terremoto, o fogo que queima e encontrou Deus depois de tudo isso. Reencontrou a paz.
Caríssimos, nós precisamos de silêncio para ouvir a Deus. Temos necessidade de sair dos furacões, dos terremotos que é a nossa vida diária, repleta de confusões, problemas, agitações.
Domingo passado, após a missa dos romeiros no bairro Dom José Adelino Dantas, em Carnaúba dos Dantas, subimos o monte de Nossa Senhora das Vitórias, o Monte do Galo, com os jovens do EJC (Encontro de jovens com Cristo). Foi uma experiência maravilhosa. Lá em cima eu contemplava essa brisa suave de que fala o texto e sentia forte a presença de Deus naquela paz. Na brisa suave somos obrigados a silenciar e ouvir a voz de Deus. Olhando para a cidade embaixo, distante, percebemos o quanto somos pequenos, o quanto nossos problemas são tão insignificantes diante da grandeza da criação, da grandeza maior ainda do Criador, do nosso Deus amado. Nos agitamos com tantas coisas desnecessárias. Gastamos tanto tempo com coisas terrenas, fúteis, passageiras e nos esquecemos de olhar para Deus, de buscar o alto, de enxergar mais longe.


Como é bom subir a montanha, fazer retiro, parar pra pensar na vida, pra falar com Deus, pra refletir sobre nossas atividades. Como é bom descansar em Deus, ter n'Ele nosso refúgio. Como é bom saber que não estamos sozinhos. Que temos um Deus Pai que nos ama em seu Filho Jesus na comunhão do Espírito Santo.

Abençoado dia para todos vocês!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O QUE VI EM ROMA - considerações sobre o primado petrino


Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou? Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!”. (Mt 16, 13ss)

Meus queridos paroquianos,

Este ano sacerdotal ficará para sempre gravado em meu coração como um memorial permanente do meu encontro com Jesus e Pedro. Juntamente com outros 18 padres da diocese de Caicó e quase 300 de outras dioceses nordestinas fomos ao encontro de sucessor de Pedro, o Papa Bento XVI, na cidade eterna, Roma, lugar sagrado para os cristãos porque ali estão sepultados os Santos apóstolos Pedro e Paulo e uma imensidão de mártires e santos que, ao longo de dois mil anos de história, derramaram ali seu sangue por amor a Cristo e aos irmãos. Após o encerramento do ano sacerdotal, tivemos a graça de conhecer Cássia, de Santa Rita, e Assis, de São Francisco e Santa Clara, antes de embarcarmos para a terra Santa, o país escolhido por Deus para realizar a obra de salvação da humanidade.

Após essa nossa peregrinação, sinceramente falando, creio não ser possível alguém voltar de Roma e Jerusalém sem ter fortalecido a sua fé em Jesus Cristo, o seu amor a Maria Santíssima, a devoção a Pedro, aos outros apóstolos e a toda Igreja católica, apostólica e Romana. Usando de honestidade, qualquer pessoa de boa vontade irá facilmente reconhecer na pessoa dos santos padres, os papas, a presença do apóstolo Pedro. É emocionante entrar na Basílica de São Pedro e visitar os túmulos dos papas, um após o outro, constatando diante dos olhos a sucessão apostólica, de Pedro até chegar em Bento XVI.

Na Galiléia, às margens do mar de Tiberíades, visitamos o local onde Jesus teria dito: “Tu és Pedro (pedra), e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e as forças do inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,19). É uma sensação incrível abrir a Bíblia e ler, ao lado do rochedo e contemplando o mar da Galiléia, essa passagem em que Jesus constitui Pedro como líder da Igreja. Em teologia usa-se o termo “primado de Pedro”, para demostrar que ele é a cabeça do grupo dos doze apóstolos, ele tem a primazia, a autoridade sobre os demais.

Quando Jesus diz que Simão é “Kefas”, isto é, Pedra (= Pedro), e que sobre esta “Kefas” (pedra) ele construirá a sua Igreja, quer dizer que a Igreja é construída sobre a fé de Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus”. Esta fé na divindade de Jesus é o que nos une, como cristãos. São cristãos unicamente aqueles que confessam essa fé de Pedro e que comungam dessa experiência de Igreja. Após a confissão da verdadeira fé da igreja por Simão Pedro, Jesus entrega a ele o “primado”, a autoridade sobre a Igreja. É bom que isso fique bem claro: Jesus entrega as chaves a Simão Pedro, a um homem escolhido por ele: Humano, limitado, sujeito às fraquezas, mas um homem de fé, que diz sim ao projeto de Deus, aberto a missão, disposto a dar a vida por Jesus. Quando Pedro estava para morrer em Roma, transmitiu essa autoridade ao seu sucessor, e assim por diante até chegar a Bento XVI. Essa é a fé cristã mais primitiva e original. Eu voltei desses lugares santos mais convicto do que nunca do meu amor a Pedro, a Igreja e ao papa.

“Pedro, tu me amas mais do que estes? Apascenta minhas ovelhas” (Jo 21, 16). Essa frase de Cristo ressoou nos meus ouvidos ao ver pela primeira vez o papa diante dos meus olhos no patamar da basílica de São Pedro na vigília de encerramento do ano sacerdotal. Como é fantástico ver aquela multidão de pessoas de todas as nações, raças e línguas, de todos os continentes, um mar de aproximadamente 15 mil padres de todo o mundo sendo conduzidos pelo cajado de Pedro. Todos vão a cidade eterna ouvir Pedro, rezar com ele, celebrar a Eucaristia com bispo de Roma, bem acima do túmulo de São Pedro. Muito significativo porque ele é a rocha, o alicerce sobre o qual a basílica está construída. O próprio São Paulo diz na carta aos Gálatas que foi a Jerusalém mais de uma vez para encontrar-se com Pedro, com a autoridade da Igreja (Gl 1, 18; 2, 9).

Teria muitas outras coisas para dizer, mas acredito serem suficientes essas poucas palavras para mostrar a vocês que tudo o que vivemos aqui em nossa pequena paróquia é verdade. Vi com meus próprios olhos que a Igreja do Papa, de Nossa Senhora, dos santos e dos mártires é a verdadeira Igreja de Cristo. Mais do que ver, sentir, tocar, ser tocado pelo testemunho dos apóstolos é algo indescritível. Escrevo estas linhas no dia de São Pedro e São Paulo. Como Padre desta comunidade, assim como fiz em Roma e na terra santa, mais precisamente no Santo Sepulcro, onde Jesus morreu e ressuscitou por nós, peço a São Pedro, a Nossa Senhora e a todos os santos e santas que intercedam por todos os carnaubenses para que a fé cristã católica cresça sempre mais nesta terra tão querida e a barca de Pedro nos conduza até o porto seguro que é Jesus, caminho, verdade e vida.